Os sistemas de refrigeração de vários reatores seguem avariados e os vazamentos de material radioativo se multiplicam desde o terremoto de magnitude 9, que se seguiu a um tsunami do dia 11 de março. O evento sismológico danificou a rede elétrica e os geradores da usina, causando um efeito cascata de superaquecimento. Sem água, os núcleos esquentaram e causaram explosões de hidrogênio. Partes do combustível atômico ficaram expostas, emitindo quantidades perigosas de radiação na atmosfera.
Os engenheiros da Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco) conseguiram restaurar a eletricidade na usina, mas muitos sistemas foram destruídos pelo acidente nuclear. Eles ainda trabalham para estabilizar os seis reatores antes da planta ser desativada e definitivamente abandonada. A contaminação no local irá durar décadas, além de impedir a ocupação humana num raio de dezenas de quilômetros.
A Polícia do Japão confirmou, até às 21h desta segunda-feira, a morte de 11.004 pessoas e o desaparecimento de outras 17.339. O país sofreu graves danos estruturais, com cidades e estradas varridas pelo maremoto e enfrenta falta de alimentos e água potável, em algumas áreas, além de dificuldades no setor industrial.
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